sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Depressão
A depressão doi,
Em todo o lado e em lugar nenhum
Depressão,
Que palavra mais triste!
Dizem que tem cura,
Mas apenas adormece,
Onde muitas vezes acorda a matar
A depressão é toda ela um poço cheio de incertezas
Onde apenas uma é certa:
De nada vale fugir
Somos mentirosos por bem da nossa sanidade
Que se corrompe a cada dia.
É como uma prisão domiciliária voluntária,
Escondemos a dor de quem a possa ver
E nos prendemos num quarto que parece vazio
Mas quando o vazio aperta é na morte que procurámos consolo...
Depressão leva-nos às profundezas da solidão e nos obriga a querer mais...
Se a depressão doi em mim?
Te diria se soubesse o que sentir...
Grito
Pelo fervor das minhas lágrimas
Pelo silêncio das minhas palavras
E pela dor que não sei sentir
Odeio gritar e não ser ouvida
Sinto-me rebelde e quero matar
Grito,
Pela censura que percorre o teu olho mentiroso
Pela traição que a tua mão escreveu,
E nesse teu corpo que suspira o suor queimado
Desfaz-se o sabor do pecado desfrutado
E grito,
Não por ti,
Mas para o ódio que vai em mim,
Grito,
Pela dor excitante que percorre os meus lábios violados
E o toque proibido que acende a chama do desejo
E tudo em mim quer sorrir
Perante o grito abafado
Que no teu ouvido é um sussurro viciante
Metáforas foram feitas para ilusões distantes,
Ironias são as inimigas da verdade
E a tua mentira é aquela que se escreve com sofrimento,
E no entanto tudo arde quando me perco nessa tua solidão
Grito,
Pelo sabor da revolta,
Pelo pecado que em mim escorre
E pela dor que existe mas não a sei sentir...
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