Ela levanta-se do seu pequeno e frio caixão
Para dar vida à noite que a declarava como perdida,
Elegante e sublime, no seu vestido de seda,
Jurou amar a escuridão e adorar a luxúria
Que pelo seu corpo vagueia
Para trás ela deixa a amarga ilusão
De um sol que lhe garantia um doce sonho,
Caminhando nas ruas pecaminosas
A Princesa devora o sangue daquele que
Um dia a idolatrou numa rosa inocente
Mata Vampira, mata!
Canta para a lua que te observa orgulhosa
Do seu reinado de trevas,
Sente o vento frio nos teus lábios tentadores
E sorri para o morto nos teus braços!
Proclama a solidão que é tua,
Declara-te poderosa e consume cada veia
Que te é permitida!
Não te deixes arruinar por olhos mentirosos,
És digna e rainha de ti mesma,
Vampira gloriosa tu és!
Vai Vampira, vai!
Deixa a vaidade escorrer pelo teu corpo,
Sê venerada por um coração puro
Capaz de te oferecer aquele amor para
Que foste despertada!
Exige Vampira!
Pelo teu Príncipe que te espera e te deseja,
Pelos braços que te vão segurar,
Pelos lábios que vão tocar gentilmente nos teus…
Não implores nunca Vampira!
Deixa que o feitiço dos teus olhos ardentes
Te encaminhe para a fortaleza onde pertences…