sábado, 24 de março de 2012

Se Fosse Um Ser Humano...



Se a minha tristeza tivesse boca
Gritava ao mundo poesias ocultas chorando
Lágrimas encarnadas confusas,
Se capaz fosse a minha depressão de enxergar
Seriam vistas as mais feias e horrorosas imagens de terror…

Mas que dói,
Ai sim, dói… Demais…!

Quero rasgar este sofrimento cruel!
Tirar de mim desgraças nauseabundas,
Este nojo que percorre cada gotícula do meu suor…

Não sei! Não sei! Não sei!
Desconheço qualquer sonho além do pesadelo
Que perturba a minha mente dolorosa, cansada…

Ai, se me fosse possível morrer agora…

Se a minha dor tivesse lábios
Beijaria cada recanto de uma prisão suja, sombria, fria…
Se a minha dor tivesse braços
Ela me abraçaria com tanta força até mesmo depois
De ossos se quebrarem e de sangue jorrar entre gritos!

Se o meu sofrimento fosse uma bala,
Repartiria por três… Matava de uma vez…

Deixem-me… Atormentar…
Permitam-me… Aniquilar…

Oh, se a minha depressão fosse alguém,
Se a minha dor fosse outro alguém,
 E se a minha tristeza fosse ainda outro alguém…

Caramba, ainda me tenho a mim para abater…
Ainda tenho uma réstia de sangue memorizada na pele…
Ainda… Ainda o quê?
Que resta de uma carne que sobra no prato?

Que fazer daquela miserável que se esconde entre panos
Ensanguentados, suados, molhados e da mais porcaria
Que podes ver…?

Ai… Se possível…
Se fosse capaz…

Se tudo o que me percorre fosse possível de falar,
Detalharia um livro gasto, se fosse capaz de andar,
Apanhava a próxima estação…
Até a depressão se cansa de viver…

sábado, 10 de março de 2012

Amor... Com Amor Se Escreve...



São tristezas que comprovam as lágrimas,
Aquelas que se escondem em sorrisos,
Doces sorrisos que te fazem suspirar no vazio
Da escuridão de todas noites que pensas nela…

A vês ondular, bailar ao som de uma música ausente
Mas que toca aos teus ouvidos, e te imaginas, perdido
Nos seus cabelos suaves e cheirosos, na sua pele branquinha,
E quase, quase consegues ver o seu pequeno coração palpitar…

Ai como suspiras! Esperando que ela te veja,
Te denuncie como herdeiro do seu amor,
E talvez, te permita ver mais da sua alma fascinante,
Que te encanta sempre que brilha em redor da multidão
Que a persegue, que tem fome da sua presença cintilante…

Ficas em silêncio apenas saboreando as suas palavras,
Aprendendo sempre mais do seu belo ser…
Apenas te deixas apreciar sempre mais, amando-a
Todos os dias… Sempre mais…
E esperas, que um dia ela te seja capaz de sentir, de ouvir
O profundo chamado da tua alma que insiste…

E te prometes, mesmo nunca uma lágrima te pertencer,
A farás tua musa secreta das palavras que declaram um
Amor imerso de poesias escondidas…