sábado, 3 de agosto de 2013

Lembranças...


Estive aqui a recordar os momentos
Que o tempo se encarregou de levar;
Estive apenas a sonhar com palavras esquecidas
Que eu deixei passar...

Se ainda fosse hoje a menina que ao relento andava;
Perdida em pensamentos que por muitos ignorados,
Faria dessas lembranças a preciosidade que agora admiro
E não deixaria jamais que o vento te arrancasse de mim

Serei eu a menina que aos teus olhos cresceu?
A vida que mudou e mudamos com ela
Pareceu jogar um dado que volta ao mesmo destino
E nos deixa mais uma vez com a nostalgia em mãos...

Não sei em que caminhos me devo meter,
Se irei cair na mesma depressão que me afogou,
Mas por agora só penso em mergulhar de novo
Naqueles momentos que outrora que fizeram respirar

E vejo-me de novo uma menina que aprendeu a viver...

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Declarações da Meia - Noite




Espero-te nestes lençóis frios adormecidos
E tu nunca vens… Tu nunca me vês nesses olhos distantes…
Tomaste a solidão como tua amante e nem sentes o meu calor,
Nem a noite que tanto abraças compreende a tua dor…

Que vai ser de mim se continuo a apaixonar-me assim?
Quem vai tomar conta das minhas lágrimas sempre
Que a tua ausência me doer e não mais conseguir
Sentir-me na minha pele abandonada?

Ai… O que vai ser de mim…?

Suspiro por esta saudade que trazes junto com o vento,
Se não me falas com amor como vou sentir a melodia
Que sussurras no meu ouvido enquanto me despes?

Os nossos corpos molhados juntam-se neste temporal
E é na tua cama que nos possuímos insaciáveis de paixão,
Acaricias a minha intimidade e exiges mais do que um orgasmo
Abafado com o teu beijo dominante…

E agora?
O teu corpo desnudo implora por ser explorado,
Sobre o toque faminto das minhas mãos sugas o ar
Que temes perder se não me sentes mais em ti…

Copulámos no nosso ninho e aí sim,
Somos selvagens e loucos!
Deixámos que o nosso sexo consuma cada veia de desejo
E nos entregámos ao prazer carnal que nos liga tão profundamente!

E finalmente, no silêncio das nossas palavras recíprocas,
Confessas o teu amor oculto, entregas a tua alma ferida
E pedes-me que te guie no amor em que te perdeste…