sábado, 2 de fevereiro de 2013

Declarações da Meia - Noite




Espero-te nestes lençóis frios adormecidos
E tu nunca vens… Tu nunca me vês nesses olhos distantes…
Tomaste a solidão como tua amante e nem sentes o meu calor,
Nem a noite que tanto abraças compreende a tua dor…

Que vai ser de mim se continuo a apaixonar-me assim?
Quem vai tomar conta das minhas lágrimas sempre
Que a tua ausência me doer e não mais conseguir
Sentir-me na minha pele abandonada?

Ai… O que vai ser de mim…?

Suspiro por esta saudade que trazes junto com o vento,
Se não me falas com amor como vou sentir a melodia
Que sussurras no meu ouvido enquanto me despes?

Os nossos corpos molhados juntam-se neste temporal
E é na tua cama que nos possuímos insaciáveis de paixão,
Acaricias a minha intimidade e exiges mais do que um orgasmo
Abafado com o teu beijo dominante…

E agora?
O teu corpo desnudo implora por ser explorado,
Sobre o toque faminto das minhas mãos sugas o ar
Que temes perder se não me sentes mais em ti…

Copulámos no nosso ninho e aí sim,
Somos selvagens e loucos!
Deixámos que o nosso sexo consuma cada veia de desejo
E nos entregámos ao prazer carnal que nos liga tão profundamente!

E finalmente, no silêncio das nossas palavras recíprocas,
Confessas o teu amor oculto, entregas a tua alma ferida
E pedes-me que te guie no amor em que te perdeste…


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