quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Palavras Sentidas




Sinto vontade de brincar com as palavras,
Deambular por linhas ausentes e inventar histórias sem dramas,
Sinto vontade de criar uma personagem sem lágrimas
E declarar-lhe poemas sem páginas manchadas

Sou livre e agora caminho despreocupada,
Recomeço esta jornada
Admitindo falência de tormentos e vou sossegada

Respiro essências perfumadas e expiro o veneno que rodeia a alma,
Vou ridicularizar eufemismos de dor e ouvir a melodia que me acalma
Pois não tenho pressa de contemplar tempos de momentos diferentes
Apenas para partir em busca de ilusões ou sorrisos inocentes

Serei em cada mágoa que resta uma esperança de viver novamente,
Vou sufocar depressões e lutarei contra exércitos que me façam frente!
Não quero nunca mais ser a fraca que protegia sombras alheias
E se incumbia de amar a medo de cair em artimanhas sujas e feias!

Dispo-me de ressentimos sem sentido e vagueio sem bilhete,
Laços entrelaçados serão reforçados e vou viver livre da ameaça da mente,
Ninguém me cala em dias de chuva e me proíbe de tomar o elixir que consumo,
Permaneço no mesmo navio porque por enquanto continuo sem rumo…

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