Espero-te nestes lençóis frios
adormecidos
E tu nunca vens… Tu nunca me vês nesses
olhos distantes…
Tomaste a solidão como tua amante e
nem sentes o meu calor,
Nem a noite que tanto abraças
compreende a tua dor…
Que vai ser de mim se continuo a
apaixonar-me assim?
Quem vai tomar conta das minhas
lágrimas sempre
Que a tua ausência me doer e não mais
conseguir
Sentir-me na minha pele abandonada?
Ai… O que vai ser de mim…?
Suspiro por esta saudade que trazes
junto com o vento,
Se não me falas com amor como vou
sentir a melodia
Que sussurras no meu ouvido enquanto
me despes?
Os nossos corpos molhados juntam-se
neste temporal
E é na tua cama que nos possuímos insaciáveis
de paixão,
Acaricias a minha intimidade e exiges
mais do que um orgasmo
Abafado com o teu beijo dominante…
E agora?
O teu corpo desnudo implora por ser explorado,
Sobre o toque faminto das minhas mãos
sugas o ar
Que temes perder se não me sentes
mais em ti…
Copulámos no nosso ninho e aí sim,
Somos selvagens e loucos!
Deixámos que o nosso sexo consuma cada
veia de desejo
E nos entregámos ao prazer carnal que
nos liga tão profundamente!
E finalmente, no silêncio das nossas
palavras recíprocas,
Confessas o teu amor oculto, entregas
a tua alma ferida
E pedes-me que te guie no amor em que
te perdeste…
