sábado, 3 de julho de 2010

Loucura racional pós demência cansada



Foda-se lá a cama,
Há quem precise da minha bela presença.

O dia é de sol,
O dia é perfeito,
O dia é para sorrir!

Mentira,
O dia é falso,
O dia é interesseiro
O dia é demente!

Grito pelo fervor das minhas veias
Da revolta que me apodrece,
Sangro por aqueles que me dizem amar
Mas na verdade só me sabem chorar!

Parabéns a você
Nesta data maldita
Pois chegou a hora
De ficar sem a cabeça!

Sou possessiva pelas lágrimas que odeio derramar
Mas não tenho outra obrigação senão obedecer.

Caralho, não sei da porra do comando da porcaria da televisão!
Foda-se, não me lembro de ter sobrado arroz ao meio-dia!
Ai estas pessoas dão cabo de mim!

Sinto a loucura subir até ao rubor das minhas faces
Como uma explosão de silêncio há muito adiada,
Se um dia prometi amar todos eles
Então hei de me perdoar porque falhei e gostei.

E se me virem muito sorridente
Com os meus cabelos ondulados já crescidos,
Verão a falta que vos fiz naquele dia em que precisavam
De uma mente criativa ou de um ombro para chorar.
Ou se por um dia cruzarem com aquela rapariga
A entrar num café radiando alegrias
Apenas vão enxergar uma mulher que
Por vossos braços passaram mas nunca vos pertenceu.

Mas se tu te sentires
Perdida, incompreendida, traída, violada, desiludida e triste,
Então é bem feito para ti porque foi assim
Que eu me senti no dia em que te deixei sem dizer adeus.

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