Sinto vontade de brincar com as
palavras,
Deambular por linhas ausentes e inventar
histórias sem dramas,
Sinto vontade de criar uma personagem
sem lágrimas
E declarar-lhe poemas sem páginas
manchadas
Sou livre e agora caminho
despreocupada,
Recomeço esta jornada
Admitindo falência de tormentos e vou
sossegada
Respiro essências perfumadas e expiro
o veneno que rodeia a alma,
Vou ridicularizar eufemismos de dor e
ouvir a melodia que me acalma
Pois não tenho pressa de contemplar
tempos de momentos diferentes
Apenas para partir em busca de
ilusões ou sorrisos inocentes
Serei em cada mágoa que resta uma
esperança de viver novamente,
Vou sufocar depressões e lutarei
contra exércitos que me façam frente!
Não quero nunca mais ser a fraca que
protegia sombras alheias
E se incumbia de amar a medo de cair
em artimanhas sujas e feias!
Dispo-me de ressentimos sem sentido e
vagueio sem bilhete,
Laços entrelaçados serão reforçados e
vou viver livre da ameaça da mente,
Ninguém me cala em dias de chuva e me
proíbe de tomar o elixir que consumo,
Permaneço no mesmo navio porque por
enquanto continuo sem rumo…



